quinta-feira, 7 de outubro de 2010

PROVAS (cont..)

Comecei a correr, literalmente, e pra variar, começou a chover - parecia até proposital - . Encontrei com minha mãe e irmã ainda na rua daquela escola, contei o que acontecera. Nem ela que nasceu em N. I. sabia onde era o colégio que eu tinha que ir. Perguntamos a uma moça que passava na hora. Ela não sabia. Naquela hora não tinha mais ninguem na rua, por causa da chuva e por ser domingo. Andamos igual barata tonta, até encontrar um guarda. Ele informou onde era o tal colégio. Depois, aí que corri mesmo.
obs.: Eu estava resfriada.

Me senti dentro do seriado '24horas', lutando contra o tempo. Correndo entre aquelas ruas escuras, desertas e na chuva. Não tive medo de nada. Só queria chegar antes das 15:00. 'Nisso' já eram 14:30. Chegamos na esquenia (eu, mãe e irmã) arrastei elas, vimos uma muvuca na porta de um colégio. Só podia ser lá. Dei uma corridinha, já sem forças, entrei no meio das pessoas e fui olhar meu nome na lista. Tremula e com o olho embaçado, me esforcei pra procurar o nome, e finalmente o achei. Do lado do meu nome tinha o n° da sala, gravei no n° e subi correndo mais uma vez, (estou até pensando em correr na próxima maratona). Minha sala era no ultimo andar. Imagine alguém subindo 3 andares correndo todo molhado. Bem essa pessoa foi eu. Então consegui, cheguei no corredor que tinha minha sala. Triunfal, cansada, mas feliz. Olhei logo para o n° da sala, e entrei igual a um raio, mas logo que pisei na sala, um fiscal me chamou, pra mostrar o RG, me mostrar o meu lugar (porque era marcado), enfim, essas coias de sempre. Fui sentar no meu lugar, era logo a primeira carteira da fileira do meio. Tenso. Ainda restava uns 20 minutos até a aplicação da prova. E que 20 min. longos, não tinha onde olhar. Havia na minha frente o quadro (verde), um fiscal branco e gordinho quase na minha frente e a porta mais a direita. Sem contar que eu estava sentindo muito calor, algumas pessoas que chegaram depois de mim também estavam sentindo. (talvez correram e igual a mim) Mas só podia ligar o ventilador ou o ar-condicionado se a maioria concordasse, e como a maioria estava sentindo frio, nada feito.

Começou a prova, e eu morrendo de calor, tive que me acomodar. A primeira parte da prova era de Português tava até fácil, e é claro, tinha textos. Aliás, quase a prova toda tinha textos grandes. Acabei de fazer a parte de português e fui quebrar a cabeça em matemática. Estava muito concentrada, de cabeça baixa, então aconteceu uma coisa inusitada', bom, nem tanto. Meu nariz começou a escorrer aquelas corisas de gripe, é tipo uma aguinha que sai do nariz, e que não para. Pois bem, não queria parar de jeito nenhum, e eu não tinha lenço por perto. O jeito foi improvisar com a mão e a calsa. Mas pulando essa parte lamentavel, lá de trás surgiu uns ventos muito gelados, acho que a janela estava aberta. Comecei a tremer de frio, muito frio. Mas tive que aguentar firme.

Um pouco adiante, quase no meio da prova, eu escuto lá de fora uma música da minha cantora favorita, Maria Rita, depois Ana Carolina, Vanessa da Mata, enfim, todas as músicas e cantoras que eu mais gosto, tocando em sequencia. Não resisti e só prestei atenção nas músicas e as acompanhei por pensamento, deixei a prova pra lá por uns instantes. Depois que parou de tocar as músicas, fui me concentrar mais uma vez na prova. Como já havia dito, eram muitos textos, e meio chatinhos, de repente me veio um sono. Meu olho estava fechando-se sozinho, minhas palpebras estavam pesadíssimas. Que vontade de abaixar a cabeça e cochilar. Mas eu mesma, lá no fundo despertei-me, fui pra parte mais interessantinha da prova, informática. O que eu não sabia, é que nessa matéria ia cair sobre Linux, e eu não tinha estudado nada disso. Bom, boa parte eu chutei e o que eu respondi bem foi as questões sobre internét, fácil.

Do nada, escuto a voz de um dos fiscais: -Faltam 15 min!
Eu: -Como assim?!
Ainda faltavam muitas questões que eu não havia respondido e nem tinha começado a marcar o cartão resposta. Nessa hora nem apelando pra Deus. Fui no chute, e marcando o cartão resposta que nem uma louca. Um desespero só. De repente, me vem esse mesmo fiscal e fala: A não gente, faltam 30 minutos agora, hehe!
aain que raiva! Quase levantei e esganei ele, o pior que no desespero tinha marcado um monte de questões sem ler. Agora não tinha jeito mesmo, continuei chutando aquelas que eu não sabia ou que não tinha tempo pra ler, fui uma das ultimas pessoas a sair. Triste. Desci as escadas arrasada, acabada. Encontrei a minha mãe na porta do colégio, na chuva, ela me confortou.
obs.: Amo a minha mãe!

Conclusão disso tudo: Não passei na prova do concurso da Caixa Econômica Federal. Não ganhei o estágio, (acho que nem existia estágio nenhum, era só um insentivo da professora), aliás, acabei o curso de Auxiliar de Escritório há 4 meses, e nada de sair o certificado.

Moral da história: Nunca faça um curso, tendo uma prova importante pra fazer com um mês apenas para estudar. Tenho dito.



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